domingo, 27 de outubro de 2013

Sal da vida

Ontem recebi a minha primeira encomenda do sal rosa do Himalaia.
Após algumas pesquisas, decidi comprá-lo e aproveitar seus alardeados benefícios, conforme informações googladas pela internet e matérias editoriais periódicas, gastronômicas ou relacionados à saúde.

O sal, como todo alimento que se consome adquire sabores e propriedades conforme o seu terroir (é o lugar de sua origem, o solo em que foi produzido, a pressão a que foi submetido, o clima, e demais questões físicas e geológicas, além das variações temporais e adaptativas a essas condições que o dota de características e composição individuais, únicas).

O sal de cristal do Himalaia, produzido no Nepal e na China,  é retirado de depósitos milenares aos pés da Cordilheira e provém de vestígios de um enorme oceano pré-histórico da era Paleozóica (há cerca de 250 milhões de anos). Devido a enorme pressão exercida ao formar-se a cordilheira do Himalaia durante milhões de anos, este sal oferece muitas qualidades e propriedades orgânicas superiores ao sal comum.
Estudos técnicos identificaram a presença de 84 elementos em sua composição, que também são necessários para o nosso organismo. Além de ser puro e livre de toxinas, fornece tais elementos na proporção que nosso corpo necessita. 
O sal rosa do Himalaia, possui várias propriedades funcionais a quem dele faz uso, seja na alimentação ou como relaxante, num banho maravilhoso, ou um simples e tradicional escalda-pés.

Bem, naturalmente,  acrescentei essa fantástica fonte alimentar no dia-a-dia da minha família (hoje, eu, papai e mamãe). No entanto, com uma pequena adaptação, misturo com o Sal light (50º menos sódio e mais minerais como o potássio - como é o caso do Cisne Ligth, que costumo encontrar com mais facilidade).
Não podemos viver sem a ingestão de sal. Ele é imprescindível para a nossa saúde. Mas o cloreto de sódio, principal componente do sal, em quantidades além das recomendadas, pode provocar muitos malefícios a nossa saúde.
Já encontrei matérias que afirmam que o sal do Himaláia tem a mesma quantidade de cloreto de sódio que os sais comuns e outras matérias que afirmam que a disponibilidade dos elementos químicos situam-se em proporções bem menores (a metade!), e como, palatavelmente, salga normalmente, ou seja tanto quanto o sal comum, decidi tomar cuidado, até porque muitas dessas fontes de pesquisas possuem fins comerciais.
Minha mãe sofre com a pressão alta. Sua condição de saúde é genética, mas está bem controlada com medicamentos que são periodicamente administrados pelo seu cardiologista. Papai tem a pressão arterial de uma criança, quase sempre 11:07, e quanto a mim, sofro de algumas variações, indicativas da predisposição e do me aguarda num futuro não muito distante.

Essa mistura, que nossa família usa com bastante parcimônia, sem exageros, torna nossa alimentação mais saudável (caprichamos em outros temperos, o que deixa a comida mais saborosa). Hoje em dia, de tão acostumada com o pouco sal ingerido, acabo por percebê-lo em alimentos de alguns restaurantes que frequento . O restaurante tipo self-service presente no meu local de trabalho possui em alguns pratos uma quantidade de sal exagerada. Às vezes, comento com as pessoas que estão comigo, mas raramente alguma percebe. Ultimamente, sempre que almoço lá, procuro colocar mais vegetais no meu prato.

O que é o sal light?

 O Sal Light surgiu para atender a um nicho de mercado criado pela demanda formada por alguns consumidores que, principalmente, por necessidades terapêuticas, precisavam (como os diabéticos precisam de adoçantes) amenizar ou até evitar problemas causados pelo excesso de sal.
Sabemos que o sal está presente em nossas vidas há muito tempo, sendo usado inicialmente e durante muito tempo (quando não tínhamos geladeira), e até hoje, para conservar alimentos.
Atualmente ésta presente em quase todos os tipos de alimentos que ingerimos e, de tão habituados, não o percebemos, principalmente, em industrializados. Até mesmo alimentos industrializados que são doces contêm quantidades muitas vezes grandes e extremamente maléficas ao organismo.
O cloreto de sódio é usado na conservação de alimentos, que podem  ficar nas prateleiras do supermercado por um tempo considerável sem se deteriorarem até que nós consumidores os compremos.
Insconsciente [devido a vida agitada e sem tempo para o preparo de um alimento saudável (embora muitos acabem por exagerar na quantidade mesmo em casa)], não fazemos idéia da quantidade de sódio que se pode ingerir por dia e muitas vezes exageramos no seu consumo. E o excesso, certamente, gerará complicações como hipertensão provocada, ou agravada em sua predisposição, cálculos renais, retenção hídrica e o temível AVC (derrame).
O importante é que ao fazermos o uso do sal light em nossa alimentação - por não salgar tanto quanto o sal comum - devemos ter o cuidado de não aumentar sua quantidade, como uma compensação. Já ouvi várias histórias de pessoas conhecidas de nossa família que com o mesmo problema de mamãe, fazem o uso deste sal, mas não têm esse cuidado. Tentamos orientá-las, mas não parecem muito determinadas a mudarem o hábito (dizem que a comida fica sem gosto, ou com gosto diferente daquela que estão acostumadas, como por exemplo, feitas com caldos em tabletes de galinha, carne,etc, que possuem uma quantidade muito grande de NaCl em sua composição).

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Kefir


Outro dia, em busca de hábitos saudáveis para uma melhor qualidade de vida, lembrei do kefir. Foi só recentemente, há pouco mais de 5 anos, que descobri que esse era o nome para uma colônia de lactobacillus vivos que ganhei quando criança de uma amiguinha (a Meire - crescemos juntas!). Não lembro como ela conseguiu, apenas das instruções de cuidados com os bichinhos que faziam o leite ficar igualzinho ao danoninho. A princípio, fiquei com um certo nojo, desconfiada, mas enfim, como criança é curiosa, e também, o quanto achava o danoninho gostoso, fui procurar leite em casa. Não é que era verdade! Durante muito tempo tivemos iogurte natural, feito em casa a partir do cultivo dessas colônias.
 
 
Não sabia de sua história*, muito menos que fosse um tesouro passado de geração em geração, e que chegou até a mim, como uma benção. Como acabei perdendo a colônia, procuro em redes sociais, alguém que possa me doar esses desejados probióticos.
Ultimamente, na internet, tenho pesquisado muito sobre esses microorganismos.
Sabe-se que o kefir já foi testado em laboratório in vitro e em animais, sendo observadas diversas propriedades anticancerígenas, antifúngicas, antivirais e antimutagênicas, mas ainda não existem demonstrações científicas em seres humanos. 
  
Segundo informações extraídas no site da wikipedia, o kefir é o produto cuja fermentação se realiza com cultivos acidolácticos elaborados com grãos de Kefir, Lactobacillus kefir, espécies dos gêneros Leuconostoc, Lactococcus e Acetobacter com produção de ácido láctico, etanol e dióxido de carbono.
 
Os grãos de Kefir são constituídos por leveduras fermentadoras de lactose (Kluyveromyces marxianus) e leveduras não fermentadoras de lactose (Saccharomyces omnisporus, Saccharomyces cerevisiae e Saccharomyces exiguus), Lactobacillus casei, Bifidobaterium sp e Streptococcus salivarius subsp thermophilus.
 
Alguns produtos do mercado apresentam alguns desses lactobacillus e suas propriedades recomendadas em várias revistas de saúde, e outros meios de comunicação.
Estou interessada no kefir, porque, além de parecer mais completo, ao prepará-lo em casa, não estarei usando corantes nem conservantes.
 
 
* Os Grãos de Kefir foram considerados um presente de Alá entre os membros das tribos muçulmanas das Montanhas do Norte do Cáucaso, que, por volta do século XVIII, já conheciam e respeitavam os poderes curativos do leite fermentado por tais jóias probióticas.Os Grãos de Kefir eram passados de geração em geração e eram considerados uma fonte de saúde da família e das tribos, que defendiam o processo secreto do Kefir e a arte da cultura da Matriz, com as suas próprias vidas.

No início de 1900, dois irmãos de Blandovs que possuíam fábricas de queijo no Norte das Montanhas do Cáucaso, foram contatados pela Sociedade dos Médicos Russos, para obter algum cultura de Kefir. Os irmãos propuseram usar uma mulher jovem bonita de nome Irina Sakharova, a persuadir um príncipe Caucasiano chamado Bek-Mirza Barchorov para doar-lhe um pouco dos Grãos de Kefir. Irina realmente deslumbrou o príncipe com sua beleza, mas ele se recusou a lhe dar quaisquer porções de suas jóias probióticas.

Porém como também não quisesse perdê-la, ele ordenou que alguns dos seus homens a seqüestrassem, quando ela voltava para casa. Contra sua vontade, eles a levaram de volta à corte, onde o príncipe esperava conquistar o seu amor e lhe propôs casamento. Irina recusou, sendo salva posteriormente pelos irmãos Blandovs e, apoiada por eles, apresentou queixa contra o príncipe no tribunal do Czar. O príncipe ofereceu ouro e jóias a Irina, como reparação pelos crimes cometidos contra ela, mas ela recusou a oferta. Ao invés disso, ela exigiu, e recebeu, jóias probióticas (Grãos de Kefir)! Em 1908, Irina Sakharova trouxe o primeiro Kefir para Moscou onde era medicinalmente usado com grande sucesso. À idade de 85, Irina em 1973 recebeu uma carta do Ministro da Indústria de Alimentos da URSS expressando seu reconhecimento e agradecendo sua inestimável contribuição para o povo russo.
 
 
 
  

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Cúrcuma


Há tempos que uso a cúrcuma com um dos meus temperos prediletos. Como gostava muito do curry, resolvi, por curiosidade, descobrir como ele era feito. Fiquei sabendo que um de seus ingredientes era a cúrcuma, conhecida no mercado internacional como tumerik.

Tinha um excelente livro sobre os melhores alimentos para se prevenir o câncer. Tive, porque, simplesmente, alguém me roubou ele. Sempre que vou às livrarias, procuro o tal livro, mas nunca o encontro, porque deve estar com edição esgotada. Além do resveratrol, tomate, e outros, havia matéria também sobre a cúrcuma. Desde então, passei a comprá-lo. Vende-se em saquinhos, nas gôndolas de codimentos, perfeitamente identificado como tal.
 
Faço um mix de vários temperos, com um pouco de sal [hoje uso com o sal rosa do himalaia + o sal light (50% menos sódio). Orégano, tomilho, canela em pó, a cúrcuma, pimenta do reino moída, etc. Sempre produzo novas versões, basta acrescentar mais um ou outro e o tempero sempre fica muito especial. 
 
 
 
A propósito, a flor da cúrcuma é muito bonita. Estou pensando em comprar alguns bulbos (que é da família do gengibre) e cultivá-la aqui em casa.  
 
 


Sobre a CÚRCUMA:

http://www.scielo.br/pdf/cr/v30n1/a28v30n1.pdf tem um interessante artigo acadêmico.

A matéria abaixo é do site http://jornalismogastronomico.com/tag/curcuma/

Cúrcuma e seus benefícios à saúde
 
A Cúrcuma longa, também conhecida como açafrão-da-terra, açafrão-da-índia ou gengibre amarelo, é uma raiz fonte de curcumina, um poderoso antioxidante, anti-inflamatório, antisséptico e anticarcinogênico.
 
É um importante aliado na recuperação de danos à mucosa intestinal e na prevenção de doenças, como doenças neurodegenerativas e neoplasias malignas (estudos mostram sua relação com a prevenção de alguns tipos de cânceres, como o de pele e de mama).
 
Possui ação antioxidante que protege contra danos celulares e auxilia no combate a radicais livres. É empregada no tratamento de feridas, úlceras de decúbito, machucados, ferimentos em geral e inflamações de articulações devido à sua ação anti-inflamatória e cicatrizante. No uso externo vem sendo empregada no tratamento da psoríase, e demais doenças na pele, retirando inclusive a sensação de coceira. É usada ainda no controle do colesterol estimulando a produção e eliminação da bile, e prevenindo a agregação plaquetária.
 
Além disso, atua como agente antibacteriano e promove a detoxificação do fígado, sendo muito utilizada nas dietas detox, eliminando substâncias tóxicas.
 
Utilização Gastronômica: é muito usada para colorir pratos, possui sabor e aroma intenso, levemente picante e característico, lembrando um pouco o aroma de terra. É muito empregado na indústria de alimentos, principalmente como corante natural, como por exemplo, nas margarinas, queijos, temperos e é a responsável pela cor amarela do pó de curry. Também é utilizada com sucesso em produtos de padaria, bolos, tortas, empadões, picles, mostarda, bebidas, cereais e coberturas de bolos.
 
É muito usada na culinária asiática, na tailandesa, na marroquina, e principalmente na indiana, onde além de ser usada em quase todos os pratos é conhecida por ser um agente curativo e purificador. No Brasil é muito usada na região centro-oeste, principalmente no famoso frango com açafrão, e no arroz com açafrão. Combina com feijões, grãos, ovos, peixes e frutos do mar, molhos, carnes e aves.
 
Cozinhar a cúrcuma junto com outros alimentos ajuda na digestão de proteínas e gorduras, e a preservá-los por mais tempo.